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Imigrante nos EUA: o que isso significa nos dias atuais

Os Estados Unidos têm uma longa e orgulhosa história como “a” nação dos imigrantes, contudo essas comunidades ficaram paralisadas de medo após as amplas reformas nas políticas de imigração do ex-presidente Donald Trump. O episódio do muro de fronteira com o México, juntamente com desafios legais às ações do executivo do presidente sobre o que é ser imigrante nos EUA e um aumento nos crimes de ódio após as eleições, fez com que muitos se sentissem como forasteiros em um país que antes abraçaram de coração.

Nos últimos anos, a imigração tem sido um tema muito recorrente ao redor do mundo, todos têm opiniões diferentes sobre a mobilidade internacional, além do envolvimento político e o intenso nacionalismo do povo americano, na terra do Tio Sam muito poucas pessoas são neutras no que se refere à imigração. Entretanto, conhecendo bem as leis e a política estadunidense, ser imigrante nos EUA da atualidade é uma possibilidade incrível que abrirá portas para uma vida maravilhosa.

Falar de imigração é, antes de qualquer coisa, falar de histórias de vida de pessoas que deixaram seus países em busca de viver com mais qualidade, num ambiente seguro e cheio de oportunidades.

Por definição, um imigrante é “uma pessoa que vai morar permanentemente em um país estrangeiro”, ser estrangeiro é ser o forasteiro, aquele que vem de fora, o que nem sempre é fácil, independente do quanto você contribua para a economia daquele país. Resumindo, ser um imigrante nos Estados Unidos é maravilhoso, mas traz muitos desafios. A primeira coisa que você precisa entender é que o nacionalismo americano que poderá te acolher por fazer girar o mercado financeiro, também irá fazer questão de marcar a sua identidade como “não-americano”.

A boa notícia é que o governo Biden voltou a discutir uma reabertura das fronteiras que favorece a imigração, especialmente de pessoas com grandes patrimônios e que levarão não somente investimentos, mas também negócios que movimentarão a economia americana a longo prazo.

Como suavizar a experiência ser imigrante nos EUA

Buscando tornar a sua transição mais suave, elencamos algumas dicas preciosas para que você se adapte melhor à vida no país que se mantém como destino número 1 dos imigrantes de alto poder aquisitivo ao redor do mundo. Depois de anotar nossas indicações, tudo que você precisará é escolher a sua casa!

Conheça as diferentes regiões do país

Assim como o Brasil, os Estados Unidos são um país de proporções continentais. Isso resulta numa diversidade cultural incrível, assim como variação de temperaturas e mesmo clima em diferentes regiões, por isso, antes de escolher o melhor lugar para se estabelecer, faça uma pesquisa – preferencialmente presencial – para identificar qual estado mais se adequa aos seus objetivos.

Por exemplo, a costa oeste americana, banhada pelo Oceano Pacífico, tem praias de águas frias e areia branca enfeitando o litoral Hollywoodiano. Essa região é marcada pela indústria do entretenimento, o que significa alta movimentação turística, muitos imigrantes, custo de vida mais elevado do que a média nacional e muita, mas MUITA, diversidade cultural.

Já na região de Nova Iorque não há litoral e o clima ao longo do ano é mais ameno, com temperaturas abaixo de zero durante o inverno. O estado que abriga uma das maiores megalópoles do mundo fervilha o mercado financeiro que serve de termômetro da economia mundial, além de ser o centro dos negócios do país, tendo em seu território as sedes administrativas de inúmeras multinacionais.

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Foto por Morgan Lane em Unsplash

Ser imigrante nos EUA é “all about the network”

Cadastre-se no LinkedIn. Conecte-se às pessoas da sua área geográfica e profissional de interesse. Essa é a melhor forma de começar a formar uma rede de apoio local, essencial para lhe fazer sentir em casa num país diferente. Além disso, você não quer morar nos EUA como um brasileiro que vive numa comunidade fechada somente com conterrâneos, não é mesmo? Se for para manter suas relações somente com pessoas vindas do Brasil, com pouca inserção cultural real, você irá perder grande parte da riqueza de ser imigrante nos EUA.

Explore a cultural local

Falando nisso, explorar a cultura local é uma ótima forma de compreender o modo de vida dos americanos, o que é essencial para que você consiga viver sem estranhamento e com mais naturalidade num país que não é, originalmente, o seu.

Vá a locais diferentes, frequente museus, bares, shows de dança e música, teatro e mergulhe em todo tipo de atração oferecida pela cidade que escolheu para chamar de sua. Isso lhe permitirá criar vínculos com a comunidade local, conhecer a cultura e a energia da cidade, além de favorecer a que internaliza o modo de vida dos nativos de modo a se misturar mais facilmente e, claro, ser mais acolhido pelos locais.

Leia jornal!

Essa dica é MUITO importante! Mantenha-se informado, leia os jornais locais e nacionais; não importa se você prefere comprar edições impressas ou navegar nas publicações pela tela do seu smartphone, o que interessa é saber o que está acontecendo ao seu redor. As notícias impactam nas conversas cotidianas, no nível de estresse e na dinâmica diária, então, se você quer se sentir – e ser recebido – como um verdadeiro americano, ler os jornais é obrigatório.

Seja você mesmo (mesmo como imigrante nos EUA)

Você está familiarizado coma síndrome do impostor? É quando a pessoa se sente como uma fraude, independente do quanto ela seja boa em algo. Falando sobre ser imigrante nos EUA essa síndrome facilmente é ativada, causando picos de estresse e ansiedade, quando você tenta ser um americano, buscando substituir seus costumes e hábitos construídos durante toda uma vida por aqueles que considera que serão mais aceitos na sua nova terra.

E sabe o que ninguém gosta? De alguém falso. Fique tranquilo e seja você, novos hábitos serão incorporados naturalmente, na medida em que você for vivendo a nova cultura e se identificar com o modo de ser daquela comunidade. Além disso, suas novas experiências de vida se darão em outro palco, trazendo significados da cultura norte-americana para a sua vivência pessoal, o que refletirá no seu modo de ser.

Dê tempo ao tempo e seja você mesmo, assim você terá maior facilidade de convívio com vizinhos, colegas de trabalho e qualquer outra pessoa com quem cruzar morando nos EUA.

Seja realista

Por fim, mas não menos importante, tenha um parâmetro real sobre o que esperar! Por isso recomendados visitar a cidade que pretende morar e passar um tempo no local ANTES de imigrar definitivamente. Muitos imigrantes se familiarizaram com os Estados Unidos por meio dos filmes, se apegando à ideia hollywoodiana da vida na América do Norte, entretanto o dia a dia não é o que os filmes retratam. A vida real é muito mais simples do que um episódio de “Suits”, contudo pode ser incrível se você estiver aberto para viver o que os Estados Unidos estão prontos para te oferecer (que tem uma infinidade de experiências e oportunidades à sua escolha).

Mas definir expectativas realistas o ajudará a navegar e aproveitar cada etapa de sua jornada.

Agora é só arrumar o passaporte e começar a explorar suas opções!

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